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Só as mulheres podem salvar o cristianismo original. Artigo de Juan Arias

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13 Junho 2023

"A religião é um nome feminino, como a vida. A masculinização da religião acabou empobrecendo e burocratizando o vigor da fé, que aos poucos foi perdendo sua força primitiva", escreve Juan Arias, jornalista e escritor espanhol, em artigo publicado por El País, 10-06-2023. 

Eis o artigo. 

Diz-se que o mundo entrou em uma nova era em que as mulheres estão surgindo na sociedade com tanta força que, como acaba de escrever a empresária brasileira Camila Junquera no jornal O Globo, “o futuro precisa ser definitivamente feminino”.

Se isso é cada vez mais verdade mesmo na política masculina atávica, também é verdade no cristianismo, a maior força espiritual das religiões monoteístas.

O cristianismo, com efeito, começou a entrar em crise no momento em que começou a masculinizar-se, encurralando-lhe a força feminina. O rosário de escândalos sexuais perpetrados dentro da instituição masculinizada, embora continuando a manter o celibato obrigatório dos religiosos, revela-o cada dia com maior evidência.

O cristianismo tornou-se tão masculino que foram esquecidas as evidências de que em suas origens, quando mostrou seu maior vigor, era marcadamente feminino. A nova religião nascida do judaísmo, transformada por Jesus em religião universal, nasceu e se desenvolveu sob o poder das mulheres.

Tanto que os evangelhos contam, com grande simbolismo, que Jesus, ao ressuscitar, apareceu diante dos apóstolos a um grupo de mulheres, entre elas a emblemática, Maria Madalena, que poderia ter sido sua esposa. E as mulheres eram as únicas que estavam ao pé da cruz enquanto ele morria. Os apóstolos fugiram com medo de serem executados também.

Os primeiros ritos cristãos eram realizados nas casas de mulheres seguidoras da nova fé religiosa e elas eram as protagonistas nas catacumbas de Roma durante as perseguições aos romanos.

O cristianismo começou a masculinizar-se e hierarquizar-se com Paulo de Tarso. A primeira Eucaristia em memória da última ceia celebrada por Jesus antes de sua morte aconteceu nas casas das mulheres. Eles aparecem historicamente à frente das primeiras comunidades cristãs antes da masculinização da nova fé.

Existe mesmo evidência pictórica disso numa das catacumbas de Roma, não aberta ao público, apenas visível a especialistas no estudo do cristianismo, onde se pode ver uma pintura entre os séculos II e III do cristianismo de mulheres com paramentos sacerdotais.

E é que os primeiros vestígios religiosos já estão enraizados no feminino. Basta lembrar que a primeira divindade da história foi Gaia, a deusa da Terra, a engendradora da vida. Em todas as histórias das religiões fica claro que o religioso foi em seus primórdios feminino, relacionado com a vida e seus mistérios.

O cristianismo e mais o catolicismo acabaram por masculinizar a religião que até na sua linguagem sempre foi feminina: igreja, basílica, missa, comunhão, confissão. É curioso que até a vestimenta, a batina, usada desde o papa até os simples sacerdotes era e continua sendo feminina.

Religião é um nome feminino, como fé ou vida. A masculinização da religião acabou empobrecendo e burocratizando o vigor da fé, que aos poucos foi perdendo sua força primitiva.

Dos últimos pontífices, quem melhor entendeu que o cristianismo está empobrecendo por causa de sua masculinização excessiva que acabou sacrificando sua força feminina original foi o atual Papa Francisco. Foi ele quem lembrou que a Igreja primitiva, a Igreja fundadora, era forte e abertamente feminina. E de imediato encontrou resistência do velho aparato masculino do Vaticano que o deteve, impedindo-o até mesmo de eliminar o celibato obrigatório do clero, que nada tem a ver com dogmas e que era o principal motivo para afastar as mulheres do altar.

Em seus esforços para restaurar o poder das mulheres na Igreja, Francisco vem introduzindo o elemento feminino na burocracia do Vaticano e tentando restaurar às mulheres alguns dos poderes que desfrutavam nas origens da nova religião. E mesmo isso com muita resistência da burocracia masculina da Santa Sé que acabou enfrentando-o.

Se é verdade que há um desejo na Cúria de que Francisco acabe renunciando por motivos de saúde para frear suas aberturas ao gênero feminino, também é verdade que pode ser tarde demais e que o próximo papa pode surpreender e conseguir o que ele quer. Francisco está negando-o.

A Igreja segue atrás dos velhos clichês masculinos em uma sociedade em que é cada vez mais evidente que esta é a hora da maior reivindicação do feminino em todas as instâncias.

E se algo fica evidente é que a religião desde os primórdios da humanidade esteve intimamente ligada ao feminino. Talvez a primeira deusa da antiguidade tenha sido Gaia, a Mãe Terra, intrinsecamente ligada à fertilidade. E foi precisamente quando a religião, a divindade, se masculinizou que eles perderam sua força primitiva.

É, na verdade, impossível imaginar o cristianismo desvalorizando o feminino, os mistérios da fé, da angústia existencial, da angústia do além, da angústia do desconhecido. E também de qualquer tipo de mistério que acaba sendo indecifrável sem que se reconheça o papel primordial do feminino. E isto na felicidade do que na angústia, na vida como na morte, na fé como na religião, todas palavras femininas, sem que a mulher jamais recupere o que a própria história reconhece.

O cristianismo entenderá isso de uma vez por todas? Do contrário, aquela força feminina que a religião teve em seus primórdios e que foi capaz de introduzir uma verdadeira revolução no mistério da fé (outra palavra feminina) acabará por se desgastar triste e melancolicamente.

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